segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Testando renderizador Cycles no Blender

Bem, voltando aos aspectos mais "design" do blog, um pequeno teste do novo renderizador interno unbiased do Blender, o Cycles, que simula física para o comportamento da luz nas cenas em 3d. É mais demorado? É! Resultados melhores que o Blender Internal? Depende.... Com um pouco de paciência se conseguem resultados muito bons nele, pois leva pelo menos uma semana de experimentos para poder dizer que você realmente sabe o que está fazendo no Cycles. Uma coisa que dá pra notar é que um dos shaders mais usados depois do Emission (que transforma objetos tipo mesh em lâmpadas) é o Mix Shaders, com o qual dá pra misturar dois tipos de shader, inclusive outro Mix Shaders pra por mais e mais shaders no material, já que o sistema de materiais do Cycles trabalha com o node editor, o que pode possibilitar resultados bem interessantes se você tiver tempo pra estudar direito como as coisas funcionam. Esse render dos pratos abaixo, eu tinha programado pra 400 passes, mas nos 41-42 passes já tava assim:

                         

Daqui a 1 hora eu atualizo o post com o resultado final dos 400 pass e com o render time. Pra ver melhor a imagem recomendo abrí-la em nova aba.

Edit 1: render com 153 passes:
 Reparem em como as sombras e reflexos se mostram mais definidos, com menos granulação. Claro que pra perceber bem isso só vendo as imagens aumentadas, mas no render de 40 pass lá em cima, dá pra ver no reflexo do prato azul que tá bem granulado, mesma coisa com o prato verde, e as sombras também mostram uma diferença que se posta num poster ou outdoor seria muito visível...

300 e poucos:
 400

domingo, 30 de outubro de 2011

Cristianismo, pirataria de software e implicações do uso de software livre na vida espiritual

Esse post não se aplica só a design, se aplica ao uso de softwares em geral, que muita gente que se diz cristã o faz em desacordo com suas crenças (ou pelo menos o que era pra ser suas crenças...).

Primeiro, vamos falar só dos dez mandamentos, quais você está violando com seu Windows pirata, seu jogo crackeado, qualquer programa não obtido por meios legais:

Não roubarás

Se você está usufruindo de um produto ou serviço que está a venda por um determinado preço, e você não pagou esse preço, nem recebeu de presente, mas se apropriou dele, isso é roubo. Mesmo que você tenha pago 10 reais no camelô pelo cd piratão que você usou, o produto original custava 10 vezes esse valor ou mais, você usou de meios desonestos para adquirir esse bem.

Não levantarás falso testemunho

Quando você diz que concorda com a licença de um produto que diz que você deve comprar o original pra poder usar, e não o fez, você está mentindo, assinando um contrato que não vai cumprir.

Não cobiçarás a propriedade do teu próximo

Quando você age de forma desonesta, é por cobiça, avareza e desejo de ter o que não lhe é destinado.

Daí você vem com "Ah meu Deus, mas esse preço que eles cobram é um abuso, vou usar sem pagar mesmo". Um erro justifica o outro? O trabalho de criação é daquela empresa, eles podem cobrar o quanto quiserem pelos seus produtos. Só porque a política de mercado deles é inadequada à sua realidade, não justifica a sua ação errada de piratear o produto deles.

Vamos ver o que o próprio Jesus Cristo disse sobre impostos, preços e essas coisas? "Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus".

Agora, que modelo de "negócios" você prefere pro software que você usa? O modelo farisaico de "pague para ter" e "se você não tem como comprar, não use e pronto" ou um modelo que lembra bem os primeiros cristãos, que viviam em comunidades e compartilhavam? Pois há um modelo assim, chama-se Software Livre, ou Open Source. É um método de desenvolvimento onde os próprios usuários formam uma comunidade e desenvolvem o programa conforme suas necessidades, muitas vezes distribuindo o resultado desse esforço de forma gratuita, pelo próprio benefício do grupo.

Aí você me diz:

"Ah, mas eu não vivo sem programa "X" e não tem ele no tal do Linux".

Oh, Really! Provavelmente há uma alternativa que é software livre pra o tal programa, você que não pesquisou o suficiente, procure no Google por Open Source Alternative, tem um site logo no começo que compara e mostra as alternativas pra milhares de programas. Não deixe sua ignorância e comodismo te manterem nesse erro.

"Mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento"

Eu não botei certinho todas as passagens bíblicas, porque fiz o post com pressa, mas se você usa Linux, basta procurar o programa Bible Time que você vai ter acesso a mais Bíblias, dicionários bíblicos e comentários gratuitamente do que você seja capaz de ler...

domingo, 23 de outubro de 2011

Opensource audio - Opções mais difundidas e já testadas

Bem, pra quem quer saber um pouco mais sobre audio com programas opensource, como o meu querido brother Carlos Zema, que eu conheci essa semana no grupo da banda Auryah, no Facebook. E como prometido, Zema, aí vai o post....

Pra começar, vamos falar de partituras e MIDI. Se você está buscando uma alternativa gratuita de qualidade ao Guitar Pro, eu recomendo o Tux Guitar que pode ser exatamente o que você procura, pois além de ler e salvar no formato das várias versões do Guitar Pro, salva partituras em pdf, exporta MIDI, tem uma gama interessante de opções e é totalmente gratuito, inclusive para uso comercial. Funciona em Windows, Linux e Mac, além de ter uma versão Java disponível pra você testar direto do site.

Outra opção interessante pra quem quer trabalhar com audio de samples, MIDI e voz é o LMMS, disponível para Windows e Linux, já testei e é bem simples de trabalhar, se você já tem uma familiaridade mínima com softwares como o Fruity Loops.

Caso esteja procurando substitutos para o Cubase ou outros programas de gravação e efeitos de mixagem, o Audacity pode ser exatamente o que você procura, pois ele suporta plugins VST, além dos plugins LADSPA, que são o equivalente aberto dos VST, fora a lista grande de plugins e efeitos pré-instalados.
Já usei ele pra gravar algumas trilhas pequenas de vocal e baixo e não deixou a desejar.
(Informação adicional: Vendedores de equipamentos que incluem o Audacity no pacote com seus produtos. A Behringer é uma das que mais vendem produtos compatíveis com o Audacity, e em alguns, inclui um cd com o programa ou citações a ele no manual do produto.)

Esses são só alguns dos que eu testei sem precisar mexer com server JACK no Linux. Falando em JACK, ele é uma interface de audio profissional que trabalha como servidor interligando diversos programas, assim você pode definir canais entre eles fazendo o resultado de um ser jogado no outro pra poder editar sem precisar fazer bilhões de exportações e importações, agilizando o trabalho de qualquer estúdio.

Uma breve pesquisa por Linux audio ou opensource audio ou free software audio vai te dar bons resultados e te mostrar o quanto pode ser bom migrar pra plataformas abertas. Falando nisso, há distribuições Linux totalmente dedicadas a trabalhar com audio, inclusive com kernel de baixa latência, o que reduz ruidos de gravação. Uma delas é o Tango Studio, que eu também já testei e recomendo caso você queira se dedicar a produção de audio exclusivamente no Linux.

Ah, e antes que eu esqueça, tenho que falar da bateria digital programável mais legal que eu já usei, o Hydrogen, que é uma drum machine de respeito pra quem usa Linux ou Mac (a versão que tem pra Windows ainda é experimental, mas em breve eles lançam uma versão estável, o mundo do software livre é bem rápido nos releases de versão....).

Grande abraço, espero que tenham gostado.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Animatic Versus not by Tvigle


Animatic do curta que eu tenho que produzir pro final do ano pra a faculdade. PiTiVi + Gimp

Teste de animação mecânica: braço robótico 1


Esse modelo 3d relativamente simples, de 14174 faces (devido a uns subsurfs e subdivides) foi animado usando o sistema de Parent do Blender. Basicamente, cria-se uma hierarquia que liga um objeto aos seus "filhos", assim quando o objeto "pai" se move, os "filhos" e os "filhos" dos "filhos", todos são movidos de acordo, mas quando um "filho" é movido, isso não afeta o "pai". Nenhuma textura foi utilizada, apenas um material metálico. Como era só um teste de animação, usei só uma lâmpada, e não a tradicional iluminação de 3 pontos. Render em HDTV 1080p, 120 frames, sem ambient occlusion, anti aliasing, etc. Levou aproximadamente 10 minutos pra renderizar. A versão do Blender foi a 2.59, e com tempo de modelagem, ajuste de material, posicionamento de câmera, animação e renderização, foi algo em torno dos 40 minutos.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Como todo pato, eu migrei!

Pato é bicho feio, desengonçado, bobalhão, atrapalhado... Pois é o que eu era até anteontem. Eu usava o Ubuntu 10.04, que não tinha suporte nativo à minha placa de vídeo, GeForce GTS 450. Isso tinha me obrigado a instalar o driver manualmente, e sabe o que isso quer dizer? Que na próxima atualização de kernel, eu perderia o driver e teria que passar pelo parto de reinstalá-lo. Fora isso, nessa versão, minha tablet Genius Mousepen nunca tinha funcionado, justo por um conflito de driver.
Pois criei coragem (e backup) e instalei a versão 11.04, após a confirmação de um amigo (Evandro Dutra) de que essa versão trazia suporte nativo plug 'n play pra tablets e placas de vídeo mais recentes. E não é que funciona? Tô feliz que é frango em milharal, a migração até agora tem sido um sucesso, ainda estou terminando de reinstalar todos os programas nas versões mais atuais, mas assim que o sistema estiver redondaço, posto mais atualizações, capturas de tela, speed ups, etc...
Sexta tenho que entregar o animatic da minha animação do fim de ano pra a facul, sábado posto ele e um breve making off...

sábado, 1 de outubro de 2011

76 views e uma estatística preocupante!

Well, well, well....
Menos de 4 dias de blog e 76 views! Muito Obrigado!

Agora a parte que me preocupa, apesar de a grande maioria dos acessos serem através do Firefox, há acessos pelo Internet Explorer....

Gente! Recomendo seriamente que mudem de navegador, sem brincadeira! O IE tem algumas falhas de arquitetura bem complicadas. É um navegador pesado, tem pouco suporte a customização, além de não ser muito bom de compatibilidade com muitos sites.... Vão por mim, se quiserem tirar o máximo do que a internet tem a oferecer, sugiro que testem navegadores como Firefox, Opera ou Chrome. Uma breve busca do nome deles seguido da palavra download no tio Google vai fazer muito bem á saúde virtual de vocês.

Grande abraço!

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Scribus: Editoração Opensource Profissional

O Scribus é um programa de editoração,  ou seja, pra configurar páginas e layouts de documentos, seja para impressão ou para publicação em formato .pdf. Com uma interface amigável, ferramentas poderosas e um grande potencial, o Scribus é um programa que merece atenção de qualquer um que queira publicar conteúdo textual, com ou sem imagens, em qualquer nível de complexidade.

Retoques em fotografia digital? Go, GIMP, Go!

Se você não se deu bem com o Photoshop, ou simplesmente piratear é contra os seus princípios e não tem grana pra pagar uma licença original, ou se Software Livre é sua filosofia de vida, eu recomendo o GIMP.

O GIMP pode parecer meio estranho a primeira vista com todas aquelas paletas flutuantes e tal, mas vale a pena testar. Eu mesmo não usava ele por achar estranho, mas hoje em dia ele é parte do meu set de ferramentas, só não utilizo tanto ele porque meu foco é mais animação, então dificilmente preciso utilizá-lo, mais pra pintar texturas e elementos que vão ser trabalhados em outros programas, como o Blender ou Synfig Studio.

Esse post é mais pra você saber que existe sim alternativa. Exemplos de uso e outros materiais de estudo em relação ao GIMP virão nas próximas semanas.

Por hora, fique com alguns links:
GIMP Brasil
Portal da Comunidade Brasileira do GIMP

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Cinepaint, retoque de quadros em 32 bits like a boss!

Deem uma olhada de leve na lista de filmes que confirmadamente utilizaram o Cinepaint!

O Cinepaint é usado primariamente pra correção de cores e retoque quadro a quadro. Ele é uma ramificação do GIMP, mas sua grande diferença é que ele consegue lidar com imagens em canais de 32 bits, o padrão de captação utilizado pelas grandes fabricantes de equipamento de filmagem profissional e adotado pelos grandes estúdios, vai ver por isso que mesmo sem atrair a atenção do grande público (a não ser uns e outros usuários do Blender que usam pra retocar animações exportadas em frames OpenEXR) ele conseguiu tanto momentum de desenvolvimento desde o lançamento do projeto no Sourceforge em 2004!

Pra quem não sabe o que é o Sourceforge, ele é um site onde se gerencia grande parte dos programas open source, onde os desenvolvedores contribuem com o código e onde você pode encontrar uma tonelada de software livre pra tudo quanto é coisa, desde as tarefas mais inúteis até as mais importantes. Além disso, sempre se podem fazer sugestões de novos softwares, funcionalidades e ideias em geral, que podem ser desenvolvidas ou não, dependendo de quanto interesse obtiverem da comunidade.

O Cinepaint nasceu assim, pra suprir uma necessidade da indústria, e hoje é um software que vale a pena usar, graças aos esforços combinados de gente empenhada em fazer funcionar.

Serie Serious Artist Episode 01: Mozart Couto

Se tem um cara que eu admiro no mundo da ilustraç ão e quadrinhos, esse com certeza é o Mozart Couto. O blog dele é a prova viva de que dá pra se fazer ilustração e quadrinhos profissionais usando software livre. O cara faz quadrinhos a uns 30 anos e ilustra a 20, por muito tempo usou software proprietário e plataforma Windows. Hoje utiliza software livre rodando em Ubuntu, e regularmente posta dicas e speed up paints feitos na sua maioria no MyPaint, GIMP Paint Studio e Gimp Painter.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Série Blender Fanboy: Episódio 01

Se é pra falar de Software Livre, vamos direto num dos maiores exemplos de sucesso, o Blender.


Mas que raios de programa seria esse, você me pergunta?

O Blender é muita coisa, mas pra definir ele rápido:
Programa de modelagem e animação 3d.

Pronto, agora já sabe por cima o que ele faz, mas quanto custa? Absolutamente nada! Pra saber porquê, leia o primeiro post do blog.

Quer saber mais sobre? Aqui vão alguns links interessantes:
Blog do Allan Britto, autor do Guia do Usuário do Blender 3d em Português
Blender Guru, site em inglês com tutoriais intermediários e avançados de cair o queixo
Blender Brasil, site brasileiro sobre o programa
Blender Cookie site em inglês com tutoriais do básico ao avançado

Software Livre e..... Design!?

Porquê não?

Primeiro uma breve nota pra quem não sabe o que é software livre.
1- Softwares são programas de computador, que são desenvolvidos através de códigos que o computador interpreta pra funcionar.
2- A maioria dos softwares são feitos por empresas e vendidos. Essas empresas, temendo que concorrentes desenvolvam algo semelhante e lhes tire lucro, bloqueiam esse código para que ninguém possa alterá-lo, o que torna o cliente dependente da empresa, tendo que pagar preços nada amigáveis.
3- Uma das "alternativas" mais comuns é a pirataria de software, que por lei vigente em vários paises é crime. Muitas empresas adotam essa saída, pois já estão acostumadas a usar os softwares pagos, e não conhecem outra alternativa.
4- A alternativa existe. Chama-se software livre. Softwares livres são produzidos pelos usuários, com código aberto. Isso significa que a comunidade de usuários produz para si, não dependendo de uma empresa, portanto muitos desses softwares são gratuitos. Alguns desses softwares estão ganhando tanta atenção da comunidade que seu desenvolvimento já os fez atingir níveis de mercado, sendo inclusive utilizados por diversos profissionais.
5- Algumas instituições de ensino utilizam esses softwares em paralelo aos pagos, mostrando aos alunos que existem alternativas, afinal, não é qualquer um que pode pagar milhares de reais em pacotes de software renomados. Outras preferem não o fazer pois acham que esses softwares não têm futuro, pois sua adoção no mercado não é em grande escala.
6- Softwares livres não são adotados em grande escala porque as pessoas desconhecem sua existência e eficiência. Muitos softwares livres também não vão pra frente porque não têm uma base de usuários significativa.

Agora o desafio:

Universidades que têm cursos de Design, tenho certeza que em cada uma tem alguém no departamento que é entusiasta do Software livre e que estaria disposto a dar palestras, ministrar workshops ou coisa assim, conscientizem seus alunos da existência do software livre e dêem a eles a oportunidade de conhecê-los. Instalar é de graça, comprar alguns livros pra a biblioteca valoriza a instituição, palestras e workshops enriquecem a experiência dos alunos, vocês só têm a ganhar.